Olá
Sobre mim e meus trabalhos
Vou contar uma história — a minha — breve, em poucas linhas — com retórica e poesia, se na mente me vier inspiração. Se não, com muita transpiração.
Surgi neste mundo louco no século passado (data sob sigilo), em Mossoró – RN.
Nasci potiguar, na terra de águas quentes, sendo o sétimo filho homem de doze rebentos de Dona Terezinha Dutra da Costa e do senhor Osmar Dutra de Morais.
Diz a lenda que o sétimo filho homem de uma família é um lobisomem...
Opa isso é outra história vamos voltar a minha.
Mesmo assim, não fiquei muito tempo girando em solo nordestino. Com três anos, cá estávamos todos nós em São Paulo (sem batidas na cabeça, ok).
Alguns precursores vieram antes — meu pai e alguns dos meus irmãos. Em 25 de dezembro de 1970 (há controvérsias quanto ao ano, mas...), minha mãe trouxe seus oito filhos em uma viagem de ônibus de três longos dias.
Todos ajudavam a fazer a contagem a cada parada, para ter certeza de que ninguém ficava para trás.
Cresci e estudei por terras paulistanas.
Cortei a língua, o lábio, furei o pulso com um prego enrolado em uma pedra de concreto.
Muitas casas eu abriguei, algumas brigas arrumei, e fui seguindo em busca de rumo.
Algumas coisas marcam nossa vida. Eu via meu irmão mais velho, o Zé Poeta (nunca li um poema dele, mas, quando ele canta, é a própria poesia que ele dá vida na harmonia entre a voz e o violão, seu companheiro). Desculpe os parênteses, foi longo, mas vou retomar a questão.
Um certo dia eu pedi para o Zé me ensinar a tocar violão. Sua resposta foi:
...“Toma o violão e aprende. ”...
Como bom menino, fui chorar para minha mãe para reclamar da atitude do mano, e escutei algo que faz significado até hoje:
...“Seu irmão aprendeu a tocar com um pedaço de madeira com as cordas desenhadas. Para você vai ser mais fácil.”...
Me tornei um autodidata convicto para muitos temas da vida.
Com 13 anos comecei a trabalhar e, caminhando, dei de cara com outro grande marco da minha existência.
Na Avenida Pacaembu (onde ficava o escritório da SOCICAM, onde eu trabalhava como office-boy), vi uma fachada escrita: SOS Computadores.
Meus olhos brilharam. Como fã de ficção científica, vi a chance de apertar botões — e quem sabe disparar alguns raios...
Pronto. Minha carreira na área de tecnologia da informação começava ali.
Aos 15 anos de idade comecei a minha empresa. Minha primeira atitude foi chamar outro garoto, o Fábio, que devia ter uns 14 anos.
Notei logo que ele era muito, muito, muito melhor programador do que eu. Então chamei ele para ser meu sócio.
Aqui eu aprendi que ter pessoas mais inteligentes que você ao seu lado é o melhor que você pode fazer para fazer seu negócio crescer.
A vida segue...
Servi ao Exército em 1986 — não sei ao certo para o que serviu, mas tenho lembranças engraçadas dessa época.
Mas fica para uma versão mais longa da minha biografia — essa aqui já está passando do ponto.
Tive uma carreira de sucesso por décadas, mas sempre quis dar vazão ao meu lado escritor e poeta.
Fiz algumas incursões com a publicação do livro Palavras e a gravação de algumas das minhas canções no CD 1 Ato, que aliás, tenho um orgulho danado de ter uma das minhas músicas gravadas pelo mestre Osvaldinho do Acordeom.
Em um dado momento, assumi ser quem eu sempre fui: Dino Dutra.
Digamos que não queria ser mais Severo comigo mesmo, e sim ser mais Digno de viver a minha vida.
Chegou um ponto da jornada em que era agora ou na próxima encarnação.
Então decidi encarar a jornada como escritor.
Tenho uma lista de histórias que espero que a vida me dê chance de contar.
Estou em vias de lançar meu segundo livro, voltado a ajudar as cidades brasileiras a encontrar caminhos para aumentar suas receitas.
E tenho meu primeiro romance de ficção na reta final, intitulado Sem Alma.
Espero que gostem do que deixei aqui para vocês “saborearem”.
Viver a Vida Sem ser Avido.
— Dino Dutra de Morais




